segunda-feira, janeiro 22, 2007

A vida parece um filme pornô. Tirando a parte do sexo, é tudo igual: um roteiro sem nexo e péssimos atores. Claro que no mundo real as pessoas também trepam, mas é diferente dos pornôs.

Existem motivos muito mais complexos do que os argumentos tradicionais dos filmes. Aposto que ninguém nunca convenceu a levar o outro pra cama dizendo “vamos, foder, vai ser divertido” ou qualquer um dos outro chavão do mundo pornográfico. E acredito também que os bombeiros e entregadores de pizza façam bem menos sexo do que nos vídeos pornôs. Mas nunca se sabe.

E sim, como nos pornôs a trilha sonora é uma bosta. Pelo menos é assim na cidade onde vivo. Basta conferir qualquer agenda “cultural” para provar que estou certo:

Terça-feira: Projeto Terça de primeira no Pagode da Wanda, no Bairro do Recife

Quarta-feira: Capim Cubano (sempre eles) em algum lugar da cidade.

Quinta-feira: Capim Cubano (mais uma vez) em outro lugar da cidade.

Sexta-feira: Capim Cubano (claro!), em alguma festa latina na cidade.

Sábado: Show de Chiclete com Banana na praia de Tamandaré.

Não poderia deixar de comentar mais uma semelhança com a realidade: o baixo orçamento. Assim como salário mínimo e bolsa de estagiário, a falta de grana é algo recorrente em produções como Manicures anais, Desejos molhados ou Duro como pedra. Aliás, este último é um filme gay de uma produtora nacional, chamada Pau Brasil. Criativo.

De todo jeito, na vida real ninguém implora pra ser fodido (yeah, man, fuck me like a bitch), exceto entre quatro paredes (se bem que a quantidade ou existência de paredes é algo muito relativo). Também, nem precisa pedir. Tem sempre alguém querendo lhe foder. Literalmente ou não.

2 comentários:

Anônimo disse...

Perfeito!

tort´s

Breno Pessoa disse...

Bem, tem um erro de escrita que ainda não corrigi porque o blogger está fora do ar. Em lugar de "E acredito também que ninguém que os bombeiros...", leia: E acredito também que os bombeiros..."