domingo, abril 11, 2010

Ex

Da mesma forma que o religioso crê sem necessariamente ter se encontrado cara a cara com Jesus, acredito em um monte de coisa que nunca vi ou não pude, efetivamente, comprovar sua existência. Uma dessas coisas é amizade entre ex-namorados.
Das sete namoradas que tive (talvez uma delas não considere como namoro, mas não tenho outro nome praquele contato diario e a escova de dentes vermelha no meu banheiro), apenas uma continuou presente na minha vida de forma significativa.
O problema para o baixo índice de aproveitamento de pessoas após o fim do relacionamento deve ter a ver com a maneira como a maioria dos namoros terminam. Obviamente, não faria muito sentido eu querer ser amigo da guria que me corneou num show do Capital Inicial (sofrimento em dobro) ou daquela outra que tentou decepar meu pênis. Ok, essa última não existe, estou apenas usando um exemplo para defender o meu ponto de vista.
Terminamos relacionamentos porque não é mais viável ou agradável estar com aquela pessoa, motivos perfeitamente justificáveis para também para a inexistência de amizade.
Foi por não ser mais viável nem agradável que terminamos, eu e minha hoje amiga. Não sei como é que a amizade deu certo. Que nem aquela tia que fala de assombração: “não sei explicar, mas que existe, existe”. Amizade entre ex-namorados. Existe.