sábado, dezembro 30, 2006

Virada do ano, pra quê? Melhor ficar de ladinho. Como todos sabem, a festa cristã ocidental de ano-novo foi criada por um comerciante judeu convertido ao cristianismo chamado Abner, da aldeia de Ruppin, na Palestina. Albino e coxo, Abner sofreu todo tipo de preconceito até criar sua maior invenção, em 12 d.C.: o réveillon.

Começou a trabalhar cedo, aos 15 anos, comercializando tecidos. Como era bastante rústico e um tanto primitivo, Abner não tinha condições de vender produtos sofisticados, apenas tecidos em algodão cru, sem tintura ou qualquer adereço. Ele acabou ganhando o singelo apelido o de Pano Branco.

Pois um dia, pensando numa maneira de incrementar as vendas do tecidos e zerar seu estoque, Pano Branco decidiu unir religião e negócios. Aproveitou que os romanos dedicavam 1º de janeiro a Jano, o deus dos portões (o padroeiro dos porteiros) e decidiu roubar a idéia e adaptá-la para o calendário cristão ocidental com pequenas mudanças. Em lugar Jano, o nascimento de Jesus seria o marco da data e na ocasião todos deveriam usar roupas brancas, coincidentemente a mesma cor dos seus tecidos.

A justificativa da cor é simples: era branca a tanga que Jesus usou nos seus últimos momentos e para homenagear divino símbolo, todos deveria usar tangas brancas. Como no primeiro réveillon isso das tangas não deu tão certo, Abner resolveu flexibilizar as regras da festa, permitindo que se usassem outras roupas desde que brancas. A moda rendeu bilhões de denários ao seu criador e faz sucesso até hoje.

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Quem se perguntou pela primeira vez se a vida fazia sentido provavelmente não via nenhum propósito na própria vida e ressolveu aporrinhar os outros com a dúvida. Que sentido teria a vida se a vida tivesse sentido? São quase sete bilhões de humanos distribuídos pelo mundo, imagine se cada um tivesse um propósito de existir? Provavelmente, muitos ganhariam sentidos de vida repetidos ou então começariam a surgir propósitos sem nenhum propósito como: "a minha razão de estar vivo é reunir a maior coleção de conchinhas do mar para mostar ao mundo a beleza das coisas" ou "devo me tornar o Nelson Ned e encantar multidões com a palavra divina".

Qual o sentido da vida para um nerd depois que Star Trek deixa de ser exibido? Assistir Arquivo X? Certo, mas e depois que a série acaba? Assistir Lost? Que propósito de existência um aficcionado por séries pode ter, se todos os seriados que ele gosta um dia vão acabar?

Qual o sentido da vida pro roadie depois que sua banda favorita se separa (em vários pedaços como os Mamonas Assassinas ou em partes iguais como os Cream)? Formar sua própria banda? Reunir os integrantes originais depois de tirá-los do asilo e fazer um mega concerto?

Qual o sentido da vida para Caetano Veloso? Bahia não é resposta.

Nada faz sentido, o mundo é bizarro demais. E ainda há quem diga que o sentido da vida é viver, o que uma falácia sem sentido. Porque afinal, como disse Edward James Olmos em Blader Runner, "mas quem vive"?