Vivo, por ora, um estado de não plenitude das coisas. Não é insatisfação com o que me é disponível, mas um estranhamento pela ausência de quem já foi tão presente em minha vida.
Os últimos cinco anos foram os que mais surgiram e sumiram pessoas da minha vida: amor e amizades, ambos na forma mais intensa e apaixonada. E quase todos desapareceram.
Vez ou outra nos esbarramos e é sempre o mesmo: olhares estranhos, desvio de caminhos ou indiferença, simplesmente. A reação mais eloqüente que obtemos desse encontro é talvez um sorriso com câimbra.
Às vezes, de uma tentativa sincera de reaproximação acontece um abraço, mas os braços parecem não mais saber se enlaçar. Desconfortável. E triste.
Parece que as pessoas morrem não da forma literal, mas de maneira metafórica, coisa muito mais desagradável. Acostumar com a idéia de que elas não estão mais ali nem em qualquer lugar é bem ruim. Sobretudo porque não é possível acostumar-se.
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