Já que todo mundo que tem um blog vez ou outra recomenda o que gosta, lá vai uma sugestão de música
A maioria do público brasileiro tem Roberto Leal e seu “vira” como única referência de música portuguesa. Depois do trauma causado pelo sucesso do moço por estas terras na década de 90, é natural pensar que toda produção de Portugal tenha algo a ver ternos brancos, dança espalhafatosa e som cafona. Neste caso, ter preconceito é quase um instinto de defesa. Mas existe, sim, música portuguesa de qualidade.
Conheci por acaso, há uns dois anos, um grupo chamado Clã. E é uma das melhores coisas que escutei neste período. Difícil classificar o som, algo entre um bom pop e rock, só que sem guitarras. São dois baixos, dois teclados, bateria e uma voz feminina poderosa garantem um resultado muito bom.
Fica algo entre Mutantes e Pato Fu, só que com charmoso sotaque luso. Quem quiser conhecer, pode visitar o site e ouvir muitas músicas em stream ou procurar no e-mule, como o próprio tecladista da banda me recomendou, já que o grupo não tem nenhum dos seus cinco álbuns lançados por aqui.
Dá pra encontrar o Clã também em participações especiais, como na última faixa do disco Toda cura para todo mal, do Pato Fu, e no O irmão do meio, do também português Sérgio Godinho.
A quem interessa, o nome dos bois: Hélder Gonçalves (baixo piccolo e voz), Miguel Ferreira (teclados e voz), Pedro Biscaia (teclados), Pedro Rito (baixo), Fernando Gonçalves (bateria) e Manuela Azevedo (voz).
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