domingo, fevereiro 18, 2007

Calcinhas ao léu

É bem normal tropeçar em pedra de vez em quando, mas hoje tropecei numa calcinha. E poucos metros depois, vi outra. Coisa incomum, creio. Mesmo sendo Carnaval. Até porque eu não estava numa grande suíte de motel ou num bordel. Apenas voltava do trabalho pra casa.

Parei pra pensar no razão das calcinhas estarem lá. De quem seria as peças íntimas? Olhei ao redor, vi o franelinha mendigo que está sempre embriagado e ninguém mais. Pouco provável que sejam usadas por ele ou representem alguma uma conquista amorosa recente.

Quem soltaria calcinhas numa rua deserta como aquela? Será que o desejo foi tão grande que simplesmente jogaram as calcinhas no chão num ímpeto de desejo?

Se fosse perto de onde moro, tudo bem. Meu prédio fica numa via comercial de sexo, com grande variedade de moças, rapazes, crianças e seres inclassificáveis (se procurar direitinho, acho que dá pra encontrar até animais silvestres se prostituindo). Ali, sim, consigo conceber esse tipo de coisa. Perto do jornal onde trabalho, não.

Seriam de alguém do trabalho que resolveu se aventurar depois de um plantão na redação?

Carnaval, Carnaval... um período de queda para as calcinhas e cuecas.

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