terça-feira, fevereiro 27, 2007
Férias
Para evitar atualizações ainda mais esporádicas, vou entrar de férias do Resto de nada a partir de hoje. Continuo escrevendo, mas no meu outro blog Vacacaga, que divido com amigos. Volto aqui no próximo dia 22 de agosto deste ano, quando provavelmente terei mais tempo (e criatividade) sobrando. A quem acompanhou o blog, obrigado. Continue lendo o Vacacaga.
domingo, fevereiro 18, 2007
Calcinhas ao léu
É bem normal tropeçar em pedra de vez em quando, mas hoje tropecei numa calcinha. E poucos metros depois, vi outra. Coisa incomum, creio. Mesmo sendo Carnaval. Até porque eu não estava numa grande suíte de motel ou num bordel. Apenas voltava do trabalho pra casa.
Parei pra pensar no razão das calcinhas estarem lá. De quem seria as peças íntimas? Olhei ao redor, vi o franelinha mendigo que está sempre embriagado e ninguém mais. Pouco provável que sejam usadas por ele ou representem alguma uma conquista amorosa recente.
Quem soltaria calcinhas numa rua deserta como aquela? Será que o desejo foi tão grande que simplesmente jogaram as calcinhas no chão num ímpeto de desejo?
Se fosse perto de onde moro, tudo bem. Meu prédio fica numa via comercial de sexo, com grande variedade de moças, rapazes, crianças e seres inclassificáveis (se procurar direitinho, acho que dá pra encontrar até animais silvestres se prostituindo). Ali, sim, consigo conceber esse tipo de coisa. Perto do jornal onde trabalho, não.
Seriam de alguém do trabalho que resolveu se aventurar depois de um plantão na redação?
Carnaval, Carnaval... um período de queda para as calcinhas e cuecas.
Parei pra pensar no razão das calcinhas estarem lá. De quem seria as peças íntimas? Olhei ao redor, vi o franelinha mendigo que está sempre embriagado e ninguém mais. Pouco provável que sejam usadas por ele ou representem alguma uma conquista amorosa recente.
Quem soltaria calcinhas numa rua deserta como aquela? Será que o desejo foi tão grande que simplesmente jogaram as calcinhas no chão num ímpeto de desejo?
Se fosse perto de onde moro, tudo bem. Meu prédio fica numa via comercial de sexo, com grande variedade de moças, rapazes, crianças e seres inclassificáveis (se procurar direitinho, acho que dá pra encontrar até animais silvestres se prostituindo). Ali, sim, consigo conceber esse tipo de coisa. Perto do jornal onde trabalho, não.
Seriam de alguém do trabalho que resolveu se aventurar depois de um plantão na redação?
Carnaval, Carnaval... um período de queda para as calcinhas e cuecas.
sábado, fevereiro 10, 2007
A favor do eterno embriagamento sóbrio.
É fantástico como nós, seres que usam samba-canção, tornam-se tão mais doces depois de algumas doses de álcool. Claro que os alcoólatras e caras vestidos de abadá atrás do trio elétrico representam o extremo oposto disso. Falo dos caras legais, não dos tipos mais cretinos.
Quantas vezes você, barbudo, não sentiu falta de um abraço mais demorado num velho amigo ou até mesmo quis dar um beijo na bochecha do amigão da faculdade e trabalho? Claro que na maioria das vezes nem passa pela sua cabeça, pelo simples fato de achar isso muito gay.
Pessoas com peitos e bundas salientes sempre parecem mais adequadas para receber as demonstrações de afeto masculino.
Mas eis que você está numa festa com seu amigão e, depois de se afogar no Jack Daniel’s, toma coragem pra aquele abraço apertado no cara com quem você passa um bom pedaço de vida junto. Aquele com quem você faz intercâmbio de quadrinhos, fala dos problemas e conta piadas. O parceiro da cerveja e do hambúrguer de rua.
E naquela dose você se dá conta do quanto gosta daquele cara. Um lampejo. Você o ama, e não é porque está bêbado. Simplesmente porque ele é um amigo, de verdade.
Quantas vezes você, barbudo, não sentiu falta de um abraço mais demorado num velho amigo ou até mesmo quis dar um beijo na bochecha do amigão da faculdade e trabalho? Claro que na maioria das vezes nem passa pela sua cabeça, pelo simples fato de achar isso muito gay.
Pessoas com peitos e bundas salientes sempre parecem mais adequadas para receber as demonstrações de afeto masculino.
Mas eis que você está numa festa com seu amigão e, depois de se afogar no Jack Daniel’s, toma coragem pra aquele abraço apertado no cara com quem você passa um bom pedaço de vida junto. Aquele com quem você faz intercâmbio de quadrinhos, fala dos problemas e conta piadas. O parceiro da cerveja e do hambúrguer de rua.
E naquela dose você se dá conta do quanto gosta daquele cara. Um lampejo. Você o ama, e não é porque está bêbado. Simplesmente porque ele é um amigo, de verdade.
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Muita gente considera a velhice como a pior fase da vida, por conta das rugas, cabelos brancos, manias e ossos frágeis. Mas acho a adolescência bem mais depreciativa. Principalmente a masculina.
Hoje mesmo estava no ônibus e vi dois meninos, ambos com uns 13 anos, conversando animadamente sobre mulheres (meninas da idade deles, provavelmente) e sexo (duvido que algum deles tenha experimentado algo além do onanismo*). E eu achando patético o papo deles:
“Mermão, tu ainda é virgem, é? Oxi, eu já fudi muito, vê”, diz o mais esteticamente desagradável deles, abrindo a carteira.
Eu no banco detrás, mais elevado do que eles, observo o objeto dentro da carteira: uma camisinha.
“Eita, é de banana”, fala baixinho o outro.
“Intão, é banana com sabor de banana”, responde o guri, achando seu próprio comentário bastante engraçado, provavelmente pelo humor sutil.
E os dois se acabaram de rir.
Retardados, pensei eu. Até o momento em que me lembrei da camisinha que eu levava sempre quando tinha essa idade. Era um chaveirinho de acrílico transparente, com uma camisinha dentro e a mensagem “quebre em caso de emergência”.
Acho que andei com ela até uns 15 anos, quando a camisinha começou a mostrar sinais de deterioração, ficando marrom e ressecada. Eu também me gabava do meu troféu, mesmo ele estando sem uso. Lamentável. Mas pelo menos o preservativo não era sabor banana.
*Um pouco de cultura inútil: pra quem não sabe, a palavra onanismo vem do nome Onã, um personagem bíblico que praticava coito interrompido. No sentido bíblico, em lugar de significar automasturbação masculina, praticar o onanismo é o mesmo que tirar antes de gozar.
Hoje mesmo estava no ônibus e vi dois meninos, ambos com uns 13 anos, conversando animadamente sobre mulheres (meninas da idade deles, provavelmente) e sexo (duvido que algum deles tenha experimentado algo além do onanismo*). E eu achando patético o papo deles:
“Mermão, tu ainda é virgem, é? Oxi, eu já fudi muito, vê”, diz o mais esteticamente desagradável deles, abrindo a carteira.
Eu no banco detrás, mais elevado do que eles, observo o objeto dentro da carteira: uma camisinha.
“Eita, é de banana”, fala baixinho o outro.
“Intão, é banana com sabor de banana”, responde o guri, achando seu próprio comentário bastante engraçado, provavelmente pelo humor sutil.
E os dois se acabaram de rir.
Retardados, pensei eu. Até o momento em que me lembrei da camisinha que eu levava sempre quando tinha essa idade. Era um chaveirinho de acrílico transparente, com uma camisinha dentro e a mensagem “quebre em caso de emergência”.
Acho que andei com ela até uns 15 anos, quando a camisinha começou a mostrar sinais de deterioração, ficando marrom e ressecada. Eu também me gabava do meu troféu, mesmo ele estando sem uso. Lamentável. Mas pelo menos o preservativo não era sabor banana.
*Um pouco de cultura inútil: pra quem não sabe, a palavra onanismo vem do nome Onã, um personagem bíblico que praticava coito interrompido. No sentido bíblico, em lugar de significar automasturbação masculina, praticar o onanismo é o mesmo que tirar antes de gozar.
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Coçar, de todas as formas
Presente do Indicativo
eu coço
tu coças
ele coça
nós coçamos
vós coçais
eles coçam
Pretérito Perfeito
eu cocei
tu coçaste
ele coçou
nós coçamos
vós coçastes
eles coçaram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu coçava
tu coçavas
ele coçava
nós coçávamos
vós coçáveis
eles coçavam
Pretérito Mais-que-Perfeito
eu coçara
tu coçaras
ele coçara
nós coçáramos
vós coçáreis
eles coçaram
Futuro do Presenteeu coçarei
tu coçarás
ele coçará
nós coçaremos
vós coçareis
eles coçarão
Futuro do Pretérito
eu coçaria
tu coçarias
ele coçaria
nós coçaríamos
vós coçaríeis
eles coçariam
Presente do Subjuntivo
eu coce
tu coces
ele coce
nós cocemos
vós coceis
eles cocem
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
eu coçasse
tu coçasses
ele coçasse
nós coçássemos
vós coçásseis
eles coçassem
Futuro do Subjuntivo
eu coçar
tu coçares
ele coçar
nós coçarmos
vós coçardes
eles coçarem
Imperativo Afirmativo
coça tu
coce ele
cocemos nós
coçai vós
cocem eles
Infinitivo Pessoal
eu coçar
tu coçares
ele coçar
nós coçarmos
vós coçardes
eles coçarem
Gerúndio
coçando
Particípio
coçado
Ai, maldita falta do que fazer...
eu coço
tu coças
ele coça
nós coçamos
vós coçais
eles coçam
Pretérito Perfeito
eu cocei
tu coçaste
ele coçou
nós coçamos
vós coçastes
eles coçaram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu coçava
tu coçavas
ele coçava
nós coçávamos
vós coçáveis
eles coçavam
Pretérito Mais-que-Perfeito
eu coçara
tu coçaras
ele coçara
nós coçáramos
vós coçáreis
eles coçaram
Futuro do Presenteeu coçarei
tu coçarás
ele coçará
nós coçaremos
vós coçareis
eles coçarão
Futuro do Pretérito
eu coçaria
tu coçarias
ele coçaria
nós coçaríamos
vós coçaríeis
eles coçariam
Presente do Subjuntivo
eu coce
tu coces
ele coce
nós cocemos
vós coceis
eles cocem
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
eu coçasse
tu coçasses
ele coçasse
nós coçássemos
vós coçásseis
eles coçassem
Futuro do Subjuntivo
eu coçar
tu coçares
ele coçar
nós coçarmos
vós coçardes
eles coçarem
Imperativo Afirmativo
coça tu
coce ele
cocemos nós
coçai vós
cocem eles
Infinitivo Pessoal
eu coçar
tu coçares
ele coçar
nós coçarmos
vós coçardes
eles coçarem
Gerúndio
coçando
Particípio
coçado
Ai, maldita falta do que fazer...
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
Fica difícil escrever sobre qualquer coisa quando não acontece nada que mereça comentário. O que acontece de interessante hoje em dia?
Anunciam o rei a rainha do carnaval, o presidente do Banco Mundial aparece com meias furadas, Gisele Bündchen mostra o novo namorado e o Cauby Peixoto lança seu novo álbum.
Talvez no plano pessoal a coisa pudesse ser mais interessante. Desde que eu tivesse uma vida pessoal. Até que me sobra algum tempo pra viver, só que dá uma preguiça... Falta disposição até pra escrever, afinal, vou escrever sobre o quê?
Como diz um grande amigo meu, “era bom uma epidemia de zumbis pra animar as coisas”. Concordo. Mas uma invasão alienígena também seria ótima pra quebrar esse gelo.
Anunciam o rei a rainha do carnaval, o presidente do Banco Mundial aparece com meias furadas, Gisele Bündchen mostra o novo namorado e o Cauby Peixoto lança seu novo álbum.
Talvez no plano pessoal a coisa pudesse ser mais interessante. Desde que eu tivesse uma vida pessoal. Até que me sobra algum tempo pra viver, só que dá uma preguiça... Falta disposição até pra escrever, afinal, vou escrever sobre o quê?
Como diz um grande amigo meu, “era bom uma epidemia de zumbis pra animar as coisas”. Concordo. Mas uma invasão alienígena também seria ótima pra quebrar esse gelo.
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
Com o dedão no meu cóccix, a monja que faz shiatsu vem dizer que meu QI está desequilibrado. Passado o susto de pensar que a palavra de duas letras terminava com "u" e começava com um "c", em lugar do "q", me dei conta que eu não devo ter sequer mais qi.
Pra quem desconhece, não é do "qi" de quociente de inteligência que falo, mas o ch'i ou ki, um termo da medicina chinesa que pode ser entendido como a energia vital do corpo. Sim, é a mesma força que os Cavaleiros do Zodíaco, personagens de Dragon Ball utilizavam para manipular e concentrar seus poderes.
Já o shiatsu, grosseiramente falando, é uma massagem terapêutica em pontos estratégicos do corpo, que têm relação com o qi. O cóccix é um dos pontos. Pelo menos pra essa monja.)
"E o que faço pra reequilibrar o qi?", pergunto.
A resposta é vaga. Ela me sugere coisas do tipo: "Não guarde emoções, se alimente bem, durma
mais", etc.
"Se eu fizer tudo isso vou virar um sayajin?", indago.
"Hã?"
Depois disso desisti de perguntar. Não suporto gente sem conhecimento de cultura pop.
Pra quem desconhece, não é do "qi" de quociente de inteligência que falo, mas o ch'i ou ki, um termo da medicina chinesa que pode ser entendido como a energia vital do corpo. Sim, é a mesma força que os Cavaleiros do Zodíaco, personagens de Dragon Ball utilizavam para manipular e concentrar seus poderes.
Já o shiatsu, grosseiramente falando, é uma massagem terapêutica em pontos estratégicos do corpo, que têm relação com o qi. O cóccix é um dos pontos. Pelo menos pra essa monja.)
"E o que faço pra reequilibrar o qi?", pergunto.
A resposta é vaga. Ela me sugere coisas do tipo: "Não guarde emoções, se alimente bem, durma
mais", etc.
"Se eu fizer tudo isso vou virar um sayajin?", indago.
"Hã?"
Depois disso desisti de perguntar. Não suporto gente sem conhecimento de cultura pop.
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