sexta-feira, junho 29, 2007

O Globo Repórter nosso de cada sexta-feira

Não que eu tenha marcado a opção “baladeiro de plantão” no status do meu Orkut, mas pouca coisa deprime tanto numa noite de sexta-feira quanto ouvir a voz do Sérgio Chapelin anunciando o próximo bloco do Globo Repórter.

“Você sabia que o prazer de viver é o melhor de todos os remédios? Veja a seguir”, diz o centenário apresentador chamando os comerciais. Tenho lá minhas dúvidas se revezar a apresentação do Globo Repórter com o Cid Moreira durante décadas desperta prazer de viver em alguém.

O próprio Cid Moreira foi procurar prazer em outras coisas, como gravar os salmos da bíblia e narrar as façanhas do Mister M. Não sei se essas coisas funcionam; nem tenho desejo de experimentar.

Pensando bem, versar sobre a alegria e o prazer de viver de Cid Moreira e Sérgio Chapelin é ainda mais deprimente que o próprio Globo Repórter. Principalmente numa noite chuvosa de sexta-feira. Em casa.

Ainda bem que já é quase sábado.

terça-feira, junho 26, 2007

O efeito Sempre Livre

Sinto-me como se fosse uma garota numa propaganda de absorvente. Aquela sensação de liberdade que só o Sempre Livre ou o Intimus Gel parecem poder proporcionar.

Não que antes eu não pudesse andar de bicicleta usando um short coladinho, passear de cavalo ou ir à praia, como prometem os absorventes. Mas sinto aquela liberdade que apenas as mulheres das propagandas de Modess têm.

Melhor dizendo, talvez meu estado de espírito esteja mais próximo da serenidade do pessoal que usa Lacto-purga ou toma aquele iogurte da Danone, o Activia. A mesma leveza. “E até a pele fica mais bonita”.

Terminei meu projeto de pesquisa da faculdade.

Acabou.

segunda-feira, junho 11, 2007

Passei de estágio

Depois de três longos anos estagiando sem tirar nenhum tempinho de férias, ganho, enfim... mais trabalho. Mas dessa vez, estou num plano superior. Comecei a prestar serviço como profissional (que ainda não sou). Salário bem melhor e mais afazeres; uma delícia!

Começa a minha expectativa para a contratação, férias remuneradas, carteira assinada, décimo terceiro e, claro, aposentadoria. Ah, sem esquecer o sonho da casa própria ou, se não der, um apartamento alugado já está de bom grado. Se possível, quero um imóvel com armários embutidos.

Para comemorar essa nova etapa da minha, ainda não tão vivida, vida, um resumo das coisas mais cretinas que ouvi quando estagiava.

O chefe quer bananas

“Olha, fulano, será que você pode compra bananas pra mim na venda aqui do lado. Eu to precisando de potássio”, pediu chefe para um dos boys do trabalho, mostrando o muque.

Gripe aviária no Brasi?

“Oi, aqui é fulana, da Folha de Pernambuco, eu tava querendo saber se vocês têm os número de pessoas infectadas pela gripe aviária aqui no Estado”, fulana, jornalista, me perguntando se a Secretaria de Saúde do Estado tinha esses dados. (Se você é tão desinformado quanto ela, saiba que a gripe aviária nunca alcançou nosso continente)

Deixa que eu chuto!

“Se machucou jogando futebol no final de semana, né?”, um jornalista querendo parecer simpático com um secretário do Estado que mancava, não por causa de uma pelada, mas por conta um acidente de carro sofrido anos atrás.

A palmeira do Marcos

“Ah, mas eu tava numa peça em que o Marcos Palmeira ficou pelado. E, menina, você nem imagina como é pequeno o pau dele. Mas o pau do meu marido, vou te contar...”, uma assessora de imprensa comentando com uma amiga dela AO MEU LADO, enquanto eu fazia, um teste de estágio lá. Fui aprovado no teste, mas não quis ficar lá. Nem a pau.