“É cálculo renal”, disse a médica da emergência, trazendo na
mão a tomografia que fiz logo após tomar uma dose forte de analgésicos para
aliviar a dor que eu sentia em algum lugar próximo ao meu rim esquerdo. “E a
pedrinha está a sete centímetros da sua bexiga”, completou ela, embora isso não
me diga muita coisa. Não faço ideia do que esses centímetros representam para
uma bolota de seis milímetros passeando pelo meu ureter.
Considerando que já se passaram cerca de 24 horas e nada
mudou, sou levado a crer que essa pedra se desloca mais lentamente do que uma
senhorinha de 97 anos caminhando sem pressa.
Sempre tive medo de cálculo renal, pelas histórias que
contam e aquele papo de que a dor é semelhando à do parto, embora eu ainda
desconfie que uma criança saindo pela vagina de alguém seja algo mais agressivo
do que uma pedrinha de milímetros saindo pelo meu pau. Jamais saberei. Se já me
parece improvável que eu vá engravidar uma mulher, é mais remota ainda a
possibilidade de eu engravidar (e espero sinceramente que não aconteça).
Segundo o urologista que me atendeu hoje de amanhã, tenho
duas opções: me operar logo ou esperar mais um tempo para ver se a pedra sai de
maneira não tão sofrível. Optei por aguardar mais uns dias e lidar com a dor,
porque qualquer coisa que não seja uma sonda entrando pela minha uretra me
parece bem mais razoável.
Aliás, esqueci de perguntar pro urologista: a anestesia é
local?
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