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Há coisa de uns 13 anos, escutei pela primeira vez com atenção as duas coletâneas dos Beatles que existiam aqui em casa. Digo, com a atenção que um garoto de 11 anos pode ter. E mesmo sem compreender muita daquelas letras, aquele som me arrebatou.
O interesse surgiu por conta de um documentário que aqui no Brasil foi exibido pela Globo, o The Beatles Anthology. Eu ouvia por todo o canto falar desse documentário, sobre uma banda que era considerada a maior do mundo. “Uau, a melhor banda do mundo. Tenho que conhecer”. Aí fiquei durante uma semana inteira varando as noites para ver o programa, que passava tardão.
Aprendi tanta coisa com eles de lá pra cá. Sua música me fez sorrir tantas vezes; em outras ocasiões, chorar. A verdade é que essas canções me fizeram sentir quase todo tipo de emoção. E tenho certeza de que eu seria alguém menor sem os Beatles.
Posso dizer que eles me ensinaram a amar mais.
O ruim de tudo isso é que sou daquele tipo inconformado de já ter nascido sem qualquer possibilidade de vê-los. Claro, sofri tardiamente com a morte do Lennon. E, pior, em 2001, passei pela morte do George.
De todo jeito, sempre ficou aquela esperança de um dia ver um show do o Paul ou o do Ringo. E, incrível, essa hora está chegando. Eles vão se apresentar em Nova Iorque daqui a menos de um mês. Eu estarei lá.
Eu tenho um ingresso, um visto aprovado para os EUA e um monte de ansiedade.
Paul e Ringo. Eu não acredito.