segunda-feira, maio 14, 2007

Eu deveria ser indie

Após me aventurar pelos tortuosos pensamentos dos emos e quase virar o novo vocalista do Simple Plan, flerto agora com a cultura indie. Isso porque agora tenho um corte de cabelo moderninho.

Durante toda a vida, tive apenas duas variações de cabelo: curto ou médios mal aparados. Sempre pareceu razoável, já que permitia relativa quantidade de variações de penteado, como o “dividido no meio de nada”, “para o lado intangível”, a “franja surreal” ou “cacheado entrópico”.

Insatisfeito, apelei para um cabelereiro da moda, e não um dos habituais barbeiros que, em muitos casos, são barbeiros em todos os sentidos.

Logo que entrei no salão, descobri para onde iam os R$ 35 pagos pelo corte de cabelo: sapatos da Puma, calças caras e camisa da Lacoste do cabelereiro. Escolhi um corte que vi numa revista de cabelos japonesa e o moço fez uma “leitura” do visual para o meu perfil. Tudo bem afetado.

Fiquei um pouco preocupado durante o procedimento na minha cabeça, já que imaginava correr o risco de ficar com um visual tão gay quando o do dono do salão. E foi difícil não rir enquanto a cabelereiro dá umas requebradas ao som de Beck (sim, salão com ambientação sonora).

No fim das contas, gostei do resultado. Curto dos lados, maior e irregular em cima, além de uma espécie de moicano atrás. Não, não irei postar uma foto.

6 comentários:

Anônimo disse...

Ainda bem que ele não te indicou usar uma necessarie para guardar a pomada de aparar o moicano! =P


torts

Anônimo disse...

Ficou lindo, lindo, lindo, imensamente!


tortoile

Renatinha disse...

Peraê, agora complicou. Não consigo imaginar algo que, além de todas as frescurites e variações de tamanho, tenha "uma espécie de moicano atrás". Meda, muita meda, Breno Pluma! Pelo que parece, tá igual ao de Graça Araújo! O que o amor não faz!!

Renatinha disse...

Ah, e indie é o caralho! A melhor definição dessa espécie ninguém-merece de ser foi dita por Olívia: "foi viajar e voltou triste". Tudo a ver! Mas se vc realmente teve uma infância difícil, acha que o único sentido da vida é a morte e que só Radiohead salva, se joga!

M. disse...

Hahaha adorei a narração. "Leitura" foi ótimo hehehehe.

Mas também fiquei curiosa, poste uma foto!

=*

Patrícia Félix disse...

Ah, Breno, pq não uma foto?
Eu transito entre emo e indie e tb entre burguesa e proletária...
Diz a minha amiga da faculdade que é por causa do meu signo: Gemeos!Teu Blog é um barato, ainda estou rindo com a historia do encosto Gay!
Fala sééériooo!!!